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Por: Victor Pacheco
Redator 4 Mãos
Chamamos de pró-labore, o valor pelo qual um profissional recebe por desempenhar funções dentro de uma empresa. Muitas vezes, o pró-labore é confundido com o salário, mas não necessariamente uma coisa é a mesma que a outra. O pró-labore é definido no momento de abertura de empresa.
Diversas são as conformidades legais exigidas em nosso país. Elas podem ser extensas e demandar um certo tempo de sua atenção. Se você é um empreendedor, precisa entender pro labore significado.
Se está perdido e não compreendeu exatamente do que se trata, acompanhe este artigo e entenda tudo o que precisa saber sobre o tema. Também reunimos algumas informações sobre o pró-labore MEI, pró-labore Simples Nacional e como calcular pró-labore, veja agora!
A expressão “Pró-labore” vem do latim e significa “pelo trabalho”. Sua função é entregar exatamente o que diz sua tradução literal, uma contribuição pelo trabalho.
Por definição simples, é a parcela dos rendimentos de uma atividade empresarial repassada entre seus sócios e administradores como uma espécie de recompensação. O Pró-labore é diferente de salário e divisão de lucros, mas isto iremos explicar mais para frente.
Ele deve ser registrado no contrato social da empresa, onde é descrito sua periodicidade e até o valor que deve ser pago. Vale ressaltar que, este benefício só pode ser retirado caso o sócio realize algum tipo de trabalho na empresa, contribuindo para o crescimento dela. Ou seja, o Pró-labore é uma espécie de salário do dono ou sócios da empresa.
Serve principalmente para manter a organização e segurança financeira de um negócio. Logo, evita que a empresa sofra algum tipo de prejuízo. Por exemplo, um dos sócios pode alegar não receber salário, mas coloca uma certa gordura em outros itens para que fique com esta parte. Quando na verdade o que sobrar de um projeto, precisa voltar para a empresa e ser reinvestido.
Diversas pessoas confundem estes 3 itens. Muitas vezes essas palavras são utilizadas como sinônimos, mas elas estão equivocadas. Estes têm conceitos e funcionalidades diferenciadas Entenda:
O salário é um direito de todos os funcionários de uma empresa, sendo pagos de forma mensal. Quando há a contratação de um funcionário, é preciso arcar com diversas conformidades legais e regras a cumprir, como:
A divisão de lucros acontece depois de realizar todos os pagamentos pendentes, como impostos e o próprio Pró-labore.
É uma parte da finança “limpa”, não são cobrados impostos sobre ele e os valores são distribuídos entre os sócios de acordo com a bonificação de cada um.
Como explicamos, é o valor de recompensação dos sócios pelo seu trabalho. Em todos os projetos são necessárias as especificações prévias de valores, sob a participação dos respectivos membros.
Ou seja, não é a mesma coisa que salário ou distribuição de lucros. E os investidores que não contribuem com seu serviço a empresa, não devem recebê-lo. Dessa forma, entenda que o pro labore significado é algo que você deve ter na ponta da língua!
A resposta é sim! Segundo o Artigo 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a retirada do Pró-labore é obrigatória para qualquer sócio, administrador ou cotista contribuinte da empresa. Isto é, sócios que apenas investem dinheiro no negócio, mas não atuam em nenhuma função, não tem direito ao benefício.
Este recebe apenas a participação na distribuição de lucros. Se o gestor desempenha suas funções diariamente, ele é considerado contribuinte obrigatório aos olhos da previdência e precisa emitir Pró-labore.
Como vimos, o Pró-labore é diferente de um salário. Sendo assim, não há nada na legislação que determine o valor que deve ser retirado pelo empresário e nem como realizar um cálculo coerente sob o faturamento do negócio. Porém, é possível obter uma base deste valor colocando na balança um valor justo pelo trabalho que você desemprenha.
Coloque na balança todas as operações que você realiza, liste uma a uma e avalie o quanto você pagaria por um funcionário que exercesse as mesmas funções. Seja justo com sua empresa, calcule uma renda razoável, e lembre-se que isto é uma dispensa regular de sua empresa, não adianta nada elevar seu ganho pessoal e prejudicar sua própria empresa. É possível realizar o procedimento, também, de forma online.
Como dito anteriormente, não há nada na legislação que imponha isto. Junte-se ao seu contador para poder definir a melhor quantia. Geralmente o estudo sobre tal é baseado no teto máximo e mínimo que um profissional da área ganha, segundo as definições da tabela do INSS. A partir destes valores é definido justamente um valor coeso.
Empresas que são enquadradas no regime Simples Nacional devem colaborar com seu Pró-labore em 11% para o INSS, independentemente do valor, respeitando o teto de contribuição.
Para empresas não optantes do Simples Nacional, a legislação previdenciária determina que a empresa deverá contribuir com mais 20% sobre o valor do pró-labore, além dos 11%, totalizando uma retenção de 31% do valor.
Após o valor ser definido, o contador deve ser notificado em relação ao que foi decidido entre os sócios. Assim, todos os meses o contador irá gerar a guia GPS (Guia de Previdência Social), para pagar o valor referente à contribuição ao INSS Pró-labore.
Além disso, o valor dele precisa sair da conta jurídica da empresa, para a conta corrente do sócio. É papel do contador tornar o processo transparente, assim sendo, é preciso realizar a emissão dos recibos sobre todas as ações tomadas.
Após todas estas informações, ainda existe a questão dos impostos sobre o Pró-labore. Eles são definidos de acordo com o regime que a empresa está inserida e só são calculados após a definição do valor fixo da contribuição aos sócios. Veja alguns detalhes quando se trata dos regimes Simples Nacional e Lucro Presumido:
Sendo um tipo de regime tributário que mais vem sendo optado pelos empreendedores que estão abrindo empresa, é importante você saber que existe pró-labore Simples Nacional. Porém, este é um pouco mais complexo do que o pró-labore MEI. Vamos falar melhor sobre pró-labore simples nacional nos parágrafos abaixo!
Para empresas enquadradas neste regime tributário, são descontados do valor de Pró-labore Simples Nacional, o valor bruto de 11% para o INSS e Imposto de Renda (IR), isto de acordo com a tabela progressiva da Receita Federal. Para a empresa em si, não há nenhuma despesa com este valor, pois não tem contribuição patronal.
A única exceção a regra, são empresas que se enquadram no Anexo IV deste mesmo regime. Neste caso, se faz obrigatório o recolhimento patronal, onde o valor é alterado para 20%, no custo da empresa. Isto é pago juntamente com a GPS e os 11% sobre o Pró-labore Simples Nacional.
Já os empreendimentos que se encontram no Lucro Presumido, o custo que a empresa terá serão sobre os encargos sociais, que neste caso são de 20% sobre o Pró-labore.
Já para o sócio, o valor cobrado será de 11% do valor bruto do Pró-labore, parecido com o que explicamos no caso do Anexo IV no Simples Nacional.
Para retirar todas as dúvidas sobre estes procedimentos, recomendamos realizar uma consulta com seu contador. O profissional da área será capaz de identificar todas as demandas que o recurso necessita.
O MEI (Microempreendedor Individual), é aquele que fatura até R$ 81.000,00 por ano e no máximo R$ 6,750,00 por mês. Ele deve ser o único sócio da empresa, e pode ter um único funcionário, ganhando o valor de um salário mínimo ou algo em torno do piso da categoria. Com isso em mente, vamos falar sobre pró-labore MEI.
Saiba que existe pró-labore MEI, porém seu faturamento com ele não pode ser maior do que o citado acima. Caso o valor seja maior, a empresa pode ser desenquadrada do regime e ser considerada uma ME (Microempresa). Com isso, sua empresa pode perder certas vantagens, o que pode te trazer alguns prejuízos. Fique atento, e mais uma vez, consulte um profissional para otimizar seus benefícios.
Contudo, não é necessário pagar INSS sobre pró-labore MEI, este valor já está incluso na guia DAS (Documento de Arrecadação Simplificada), que é paga todos os meses.
Para que tudo saia bem e todo o processo seja rentável, é preciso avaliar a situação real do cenário em que se encontra sua empresa. Estude todos os detalhes, assim será possível evitar problemas e tornar seu negócio seguro. Por isso, não subestime os custos de sua empresa. Ocorre frequentemente no cálculo do Pró-labore, uma elevação discrepante do valor considerado justo, levando a empresa a tomar um prejuízo que pode ser irreversível.
Veja um exemplo:
Existe um sócio colaborador, que por direito deve receber seu Pró-labore, mas este não tira periodicamente o valor. Em vez disso, o sócio coleta este faturamento apenas “quando dá”. Neste caso, o valor pelo trabalho dele não é especificado e nem reconhecido.
Caso algum dia ele deva se ausentar, será substituído por um profissional freelancer provavelmente. O novo profissional irá cobrar integralmente por seu serviço, e com isso a empresa sofrerá um déficit no orçamento do projeto. Imagine como isso pode influenciar negativamente o desempenho do negócio!
É por isso que todo o orçamento deve ser especificado, organizado e constar todas as demais informações. Sem considerar o valor do trabalho dos profissionais, não é possível definir quais foram os custos reais. Isto mascara a situação financeira real da empresa.
É imprescindível que tudo seja homologado. Descreva legalmente quais sócios terão direito ao Pró-labore e qual seja o valor dele, assim como o intervalo periódico deste recebimento. Até porque, como vimos anteriormente, são cobrados impostos sobre o Pró-labore, que devem ser quitados pelo próprio sócio beneficiário (em casos específicos, pela empresa mantenedora também).
Lembrando novamente que apenas sócios que prestam algum tipo de serviço a empresa, devem receber o Pró-labore. Contudo, na prática, sabemos que há sócios sem exercer prática administrativa recebendo a remuneração, isso por estarem referidos em contrato como administradores. Para estes casos, o melhor é modificar o contrato, caso a situação represente consensualmente um incômodo entre os sócios.
O Pró-labore faz totalmente parte do mundo contábil. Isso porque este setor cuida da gestão financeira de um negócio, logo estão interligados. A contabilidade proporciona o cálculo mais viável e te orienta sobre o melhor valor a dedicar ao benefício. Confira algumas das vantagens que um profissional da área pode agregar ao seu valor:
O contador te auxilia na hora de planejar, seja no setor fiscal, tributário ou financeiro. Para manter a empresa estável no mercado, é preciso estudar dados sobre seu cenário e de seus concorrentes. A partir disso, desenvolve-se um plano estratégico, que seja visionário e almeje bons retornos para o empreendimento. Todo e qualquer negócio requer um planejamento de qualidade.
A contabilidade realiza serviços de gestão financeira, onde fica responsável por gerir as movimentações que entram e saem da empresa. Com base no histórico de dados, é possível entender qual setor precisa de ajustes, e eles podem ser grandes ou pequenos. Pode até não parecer, mas o gasto com copinhos de café interfere de alguma forma em seu faturamento. Nesta parte entra os estudos sobre como será feito o Pró-labore.
Além disso, com a conferência do regime tributário atual do negócio, o contador indica se é necessário realizar uma mudança nesta área. O propósito da mudança será deixar tudo dentro das conformidades legais e tem o intuito de diminuir os gastos com os impostos.
O contador possui uma experiência técnica de mercado, o que agilizará todos os processos pendentes. Ele atuará com precisão e responsabilidade sobre as pautas, utilizando todo o seu conhecimento na área. Logo, sobrará tempo para que você foque apenas em produzir.
Para ter maior assertividade na hora de como calcular pró-labore, você precisa saber quanto uma pessoa teria de salário se desempenhasse as mesmas funções que faz na empresa.
Por exemplo: se por acaso você trabalha como se fosse o gerente de uma loja de departamentos, procure saber quanto um colaborador CLT está ganhando atualmente. Assim você não erra na hora de realizar o processo de como calcular pró-labore.
Quando passam a ser donas de um empreendimento, muitas pessoas podem ter dúvidas de como calcular pró-labore. E na verdade, é importante “ter os pés no chão” na hora de definir um valor fixo que você vai retirar de sua empresa por mês.
Esta pode parecer uma dica simples, mas muitos são os empreendedores que estão pensando em como calcular pró-labore de forma errada.
E para não precisar pagar uma alta taxa de INSS sobre seu pró-labore, o mais indicado é que você tenha apenas um pró-labore igual ao salário de um funcionário que desempenharia as mesmas funções que faz atualmente.
Se desejar retirar uma maior quantia, pode considerar este valor como retirada de lucros. Inclusive, você não paga impostos se optar por fazer isso ao invés de ter um alto pró-labore. Muitas pessoas nem ao menos sabem disso na hora de como calcular o pró-labore, então atente-se para ter um gasto menor na hora de retirar um valor depois de ter um mês de trabalho!
No caso de dúvidas sobre como calcular pró-labore, a melhor coisa a se fazer é entrar em contato com um escritório de contabilidade que entende do processo e também pode lhe dar apoio na abertura de empresa.
Para concluir e resumir o tema, o Pró-labore é algo obrigatório e trabalha como uma espécie de linha de segurança, tanto para a empresa quanto para os sócios administrativos.
É preciso ter consciência do valor definido e que o retirar não ser algo pejorativo financeiramente, como explicamos ele proporciona a visibilidade do desempenho real da empresa. É um benefício especificado para sócios que contribuem com serviços ao negócio.
Deve ser descrito em um contrato e são cobrados impostos sociais sobre o Pró-labore. Por último, o contador pode definir mais assertivamente seu valor, tornando o processo mais fácil e mantendo-o regularizado perante a lei.
Gostou deste material? Se ainda sobraram dúvidas sobre o Pró-labore, entre em contato com a nossa equipe! Vamos te ajudar a encontrar um contador que vai lhe ajudar a calcular suas remunerações!
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